As peixarias são uma marca registrada de Cuiabá. São o orgulho dos residentes locais e uma atração para turistas que visitam a Capital a passeio ou negócio. Podem ser simples, muitas vezes instaladas nas varandas das casas dos proprietários ou à sombra de árvores centenárias, localizadas às margens do rio ou em bairros de Cuiabá e Várzea Grande. Mas há também restaurantes climatizados, com decoração cuidadosa, cozinha e serviço mais complexos, incluindo opções de rodízio.
Os pratos vãos dos tradicionais mujica de pintado, pacu assado, filé de pintado grelhado ou à milanesa, ventrecha de pacu frita, piraputanga assada, a receitas mais elaboradas como filé de pintado na crosta de castanha de caju, pintado com camarão, pirarucu dessalgado grelhado.
Entre as muitas peixarias da cidade, algumas são bem antigas e tradicionais. É o caso da Popular, com 32 anos de funcionamento. De segunda a segunda, no almoço e jantar (com exceção de domingo, quando só servem almoço), o salão simples e acolhedor localizado na avenida São Sebastião recebe moradores e turistas de todas as partes do Brasil e do mundo que vão ao local saborear os pratos mais tradicionais da cozinha regional - além dos peixes, maria izabel, pirão e farofa de banana, sem esquecer a rapadurinha de leite de sobremesa. A casa serve porções e à la carte, mas é o rodízio (R$ 55,00 por pessoa) o mais pedido.
Eleomar José de Barros, na casa há 12 anos, é uma espécie de anfitrião que atende a todos com alegria, bom humor e brincadeiras, bem ao estilo cuiabano de receber.
Fundada em 1976, a Só Pera é também um ícone. A especialidade da casa é a piraputanga assada na brasa e desossada na mesa com maestria pelos garçons. O cardápio tem ainda opções com outros peixes como pintado e pacu, acompanhados de delícias da gastronomia cuiabana. O restaurante, localizado no bairro Bandeirantes, funciona em um pequeno salão climatizado e à noite, há a opção de mesas do lado de fora. Está aberto de segunda a sábado, a partir das 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados serve também almoço.
Outra peixaria tradicional, a Okada funciona há 28 anos em um ambiente climatizado, localizado no bairro Morada da Serra (CPA). O proprietário Valdir Araújo se orgulha em dizer que todos os peixes servidos são
pescados e não de piscicultura comercial. ‘Temos parceria com colônias de pescadores. Pintados, pacus e dourados vêm do Porto Jofre e Porto Cercado, no Pantanal; a matrinxã de Alta Floresta; e a piraputanga do rio Sepotuba em Barra do Bugres‘, frisa, acrescentando que os clientes se dividem entre moradores e turistas. ‘No almoço, recebemos muitas pessoas que estão em Cuiabá a negócios. Já no jantar são mais famílias, amigos que se reúnem para degustar um bom peixe‘, conta.
Além das receitas tradicionais, uma das especialidades da casa são os peixes assados piraputanga e matrinxã. O sashimi de dourado também é bastante pedido.
No mercado há mais de 25 anos, a Cacalo peixaria tem como chef José Biacardini Jorge, cujo apelido dá nome à casa. De uma família tradicionalmente ligada à gastronomia, ele foi desenvolvendo o gosto e a aptidão pela cozinha até se tornar um chef cuja marca é valorizar ingredientes naturais e a simplicidade no preparo. A salada de tomate caqui com molho especial, que acompanha a piraputanga frita, é a síntese de sua cozinha.
A casa serve em sistema de rodízio (R$ 50,00 por pessoa) e a peixada completa (R$ 80,00 para 2 pessoas).
Simpático e bonachão, recebe os clientes de forma calorosa. Por sua peixaria passam nomes ilustres da política, esporte e cultura locais e de todo o país.
Mais nova entre as citadas, a Lélis Peixaria, aberta em 2006, tem como grande atrativo o rodízio (R$ 68,00 por pessoa) com todos os clássicos da cozinha regional, mais algumas coisas bem diferentes como jacaré, arraia, linguiça de peixe, pirarucu. O cardápio da casa, com capacidade para 200 lugares, tem algumas pinceladas da cozinha contemporânea. Serve, por exemplo, pintado com passas e mel, dourado ao molho de champanhe, pirarucu ao molho de tangerina e tomate recheado e jacaréao molho de kinkan e arroz selvagem.
O proprietário Lélis Fonseca Silva explica que a clientela é composta de 50% de turistas e a outra metade de locais."Temos muitos clientes cativos que comem aqui duas a três vezes por semana”. A casa funciona a semana toda para almoço e no jantar somente desegunda a sexta.
Cuiabá tem inúmeras outras peixarias, sem falar nas de Várzea Grande. Seria impossível citá-las todas. É escolher a preferida e aproveitar as delícias locais. Fonte: A Gazeta
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1 comentários:
Comi muito peixe em Cuiabá mas já faz muito tempo. Foi em 1967, quando morei aí de janeiro até dezembro. Realmente dá muita saudade.
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